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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Transações com cartão cresceram 16% no primeiro semestre de 2014

As transações com cartões de débito e de crédito movimentaram R$ 455 bilhões no primeiro semestre deste ano. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). 

 As transações feitas com cartões de débito e crédito no primeiro semestre de 2014 somaram R$ 455 bilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira (19) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O valor total de pagamentos feitos com cartões de crédito foi de R$ 291 bilhões, representando crescimento de 13,5% em relação ao mesmo período de 2013. Já para os cartões de débito, a alta foi de 21,6%, com R$ 164 bilhões. 

Nos primeiros seis meses do ano, foram feitas 4,8 bilhões de transações com cartão – uma alta de 12,3% frente ao mesmo período de 2013. Desse montante, 2,8 bilhões foram com cartões de débito (alta de 15%), e 2,3 bilhões, com crédito (+9,5%).

De acordo com a associação, a inadimplência dos cartões de crédito vem caindo no país, saindo de 8% em junho de 2011 para 6,7% este ano, “um dos menores patamares históricos”, informou a Abecs. 

Nestes primeiros seis meses, os programas de recompensa dos cartões pagaram mais de R$ 1 bilhão em benefícios. No total, foram corvertidos 66,7 bilhões de pontos, 4,4% a mais que em 2013.

A pesquisa também fez levantamento sobre as compras não presenciais (feitas pela internet e pelo telefone). Nos primeiros seis meses do ano, elas representaram 18,8% do valor total movimentado com cartões de crédito (contra 15,6% em 2013) e 6,3% com cartão de débito (contra 3,6% em 2013). Segundo o presidente da Abecs, Marcelo Noronha, esse crescimento foi “alavancado”, principalmente, pelo comércio eletrônico.
Segundo a pesquisa, o valor médio das compras com cartão (tíquete médio) no primeiro semestre caiu de R$ 87,7 para R$ 83,4 no crédito e de R$ 44,7 para R$ 43,5 no débito. Noronha afirma que “as pessoas utilizam cada vez mais seus cartões de débito e crédito para fazer pagamentos de menor valor. Isso está cada vez mais presente, em todas as classes econômicas”.

Os gastos de estrangeiros com cartão em junho de 2014, quando o país recebeu a Copa do Mundo, também foram avaliados. O valor gasto pelos visitantes no país com cartões chegou a R$ 1,3 bilhão, representando crescimento de 55,7% em relação ao mês anterior e de 96,9% em comparação com junho de 2013.

Segundo a Abecs, a taxa média de credenciamento (cobrada dos estabelecimentos a cada transação com cartão de débito ou crédito) caiu entre 2008 e 2014, de 2,98% para 2,72%. Já a quantidade de máquinas de cartões instaladas nos estabelecimentos comerciais chegou a 4 milhões, com média de R$ 18,7 mil em média transacionados em cada uma no primeiro semestre de 2014.

A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços disse ser contra a diferenciação no valor de bens e serviços para pagamento no cartão de crédito e em espécie, mas está aberta a debates, segundo Marcelo Noronha, presidente da instituição. "A Abecs sempre participou de audiências públicas, inclusive, no Congresso, e estamos abertos sempre a discutir com organismos de defesa do consumidor e lojistas. Mas a experiência em outros países não foi benéfica para o consumidor nem para o mercado", afirmou ele, nesta terça-feira, 19.

Noronha destacou que essa diferenciação vai de encontro à produtividade dos lojistas e que há ainda questionamentos em relação à formalização da economia, uma vez que os pagamentos feitos no cartão têm confirmação de pagamento e recebimento. Ele reforçou ainda o papel do cartão de crédito, que, além de meio de pagamento, passou a ser ainda um meio de financiamento para o consumidor.
O calote no cartão está em um "patamar comportado", segundo o presidente da Abecs, Marcelo Noronha. Segundo dados apresentados pela associação, a inadimplência com esse tipo de pagamento ficou em 6,7% em junho, mesma taxa verificada em abril. Há três anos, em junho de 2011, a inadimplência no cartão era de 8%.

— É o menor patamar histórico. Não é por conta do descolamento, de 6,3% [registrado há alguns meses] para 6,7%, que há qualquer indicativo de deterioração na inadimplência no setor de cartões. A inadimplência do segmento colou no indicador pessoa física e vem se mantendo neste patamar [em torno de 7%].

O saldo da carteira de crédito dos cartões no Brasil, considerando os pagamentos à vista, parcelado com juros e sem juros e crédito rotativo, totalizou R$ 144 bilhões em junho. Do total, 71,3%, conforme a Abecs, são de operações sem juros, ou seja, sem custo para o consumidor. Em 2008, essa participação estava em 58,9%. O rotativo perde espaço a cada ano. Foi a 2,2% em junho último ante 3,2% em 2008.

"O rotativo está sendo diluído no mercado brasileiro com o passar do tempo. Sozinho, ele é incapaz de endividar os brasileiros por uma questão matemática", avaliou Noronha.

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